tag:blogger.com,1999:blog-47100010603546929732024-03-13T08:58:51.041-07:00HORAS ABSURDASjoyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.comBlogger189125tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-596778627540913002017-12-21T11:43:00.000-08:002017-12-21T11:43:11.212-08:00Tecendo histórias com mãos abençoadas<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O ato de trançar cabelos carrega
mais do que significado estético. Sobretudo quando falamos de mulheres negras e
cabelos crespos. Na tradição africana, o modo de trançar o cabelo indicava
desde status social a interesse em alguém de outro sexo. Em uma sociedade em
que muito da cultura negra se perdeu desde a escravidão, cabelos trançados
significam aceitação e resistência.
Quando uma mulher negra trança o cabelo de outra mulher negra, mais do
que o belo desenho na cabeça, passa-se amor, valores culturais e laços
fortes. Cada vez que uma mulher negra
trança outra mulher negra, reforça-se a identidade de uma etnia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Foram as tranças que
marcaram a vida de Esther Uduji, 41 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ela nasceu na Nigéria, na
cidade de Lagos, que foi capital do país até 1991 e é a segunda maior cidade do
continente africano atrás de Cairo, no Egito. Perguntada sobre sua infância,
ela a classifica como “normal”. Não tinha muitos luxos, mas seus pais proviam a
ela, caçula de quatro irmãos, o necessário para a sobrevivência da família. Com
a criatividade e imaginação aguçadas desde criança, Esther, que gostava de
brincar no quintal e não tinha bonecas, tinha o costume de trançar o mato alto
que encontrava. Passava horas nesta brincadeira. A avó da pequena dizia que ela
ainda viveria de trançar cabelos, mas Esther ria dizendo que aquilo “não era
para ela”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Casou-se nova com um
engenheiro civil também da cidade de Lagos, amigo de sua família. Grávida,
mudou-se para o Brasil em 1997 com o marido que veio ao país a trabalho. Aqui,
um ano depois, deu à luz sua filha mais velha, Hellen, sua primeira
boneca. Apesar de achar lindo o país
tropical, Esther, que conseguiu se acostumar mais facilmente à cultura
brasileira, teve mais dificuldades com o idioma tupiniquim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Em Lagos fala-se inglês. Esther, depois de
vinte anos de Brasil já fala português fluentemente, mas ainda com sotaque
levemente carregado, diz que o português é “uma das línguas mais difíceis” de
se falar. Ela garante que aprendeu muitas coisas com a vivência da filha, ainda
pequena, nos primeiros anos escolares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Apesar da boa relação com o
companheiro, o casamento com o engenheiro chegou ao fim. Antes do término,
Esther teve mais duas bonecas negras: Noreen e Jay, de 15 e 12 anos,
respectivamente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como nunca havia trabalhado
no Brasil desde que se casara, e em meio à dificuldade financeira para cuidar
das três meninas, Esther, que trançava mato na infância e, anos mais tarde, os
cabelos de suas meninas, decidiu enfim fazer o que mais sabia fazer de melhor
para ganhar dinheiro. Com as mãos firmes
e “abençoadas”, como enaltecem as clientes, Esther começou a trançar cabelos no
centro de São Paulo, na Galeria do Reggae, onde há grande concentração de
salões que cuidam de cabelos Afros. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No início dos anos 2000
ainda vivíamos na ditadura da chapinha, em que ainda não havia o boom do cabelo natural que existe
hoje, passados quase quinze anos. Para o cabelo afro ser aceito na sociedade
usava-se mão de alisamentos, progressivas ou alongamentos de cabelos, sempre
lisos. As tranças eram sim feitas, mas em número menor. Ela não sabe precisar
quando exatamente as box braids, como são chamadas as tranças soltas, viraram
febre. O que Esther diz é que “uma mulher incentiva a outra”. Assim que ela
sempre agiu com suas três meninas, que sempre eram sensação na escola pelos
cabelos muito bem trançados em diversos formatos, estilos e comprimentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Hellen, a mais velha, conta
que a mãe sempre a incentivou a afirmar seus cabelos trançados. Quando algum
colega da escola falava que ela e as irmãs “queriam se aparecer” (sic), por
força do incentivo e ensinamentos da mãe, as irmãs Uduji resistiam e ostentavam
ainda mais suas tranças. As belas adolescentes são a principal vitrine do
trabalho da mãe. “Quem não gostaria de ter uma mãe trancista?! É simplesmente
maravilhoso!”, diz a mais Noreen, a filha do meio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esther cria três mulheres
resistentes e cientes de seus papéis enquanto mulheres negras em uma sociedade
que ainda caminha rumo à igualdade. Enquanto trança os cabelos das filhas,
Esther as empodera e o empoderamento – palavra que dizem estar “na moda” –
importa demais e é importante que seja passado às meninas pretas. O efeito é
dominó: quanto mais o ato de empoderar é espalhado, mais e mais pessoas serão
atingidas. Trançar, para Esther, é uma corrente do bem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Voltando à época da Galeria,
Esther fez o mesmo com suas clientes, que no boca a boca foram divulgando seu trabalho.
Com o crescimento da cartela de clientes (algumas que viraram amigas da
simpática trancista), Esther decidiu trabalhar por conta, atendendo em casa e não
nos salões, onde sempre é mais difícil lucrar e conseguir clientes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seu diferencial, além das
abençoadas mãos, está na agilidade com que trança, mérito das horas que passava
brincando com o mato de casa quando criança e da criatividade de fazer modelos
e técnicas novas, além de usar cabelos diferenciados para seus trabalhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Entre as mulheres que trançam nos últimos três
anos, há a preferência por um tipo específico de cabelo, importado, chamado
Xpression. Trata-se de um tipo de fibra que se assemelha ao cabelo natural pela
leveza e textura mais fosca e não “plastificada”, defeito de muitos cabelos
Kanekalon mais baratos. Esther, que sempre foi muito criativa e antenada,
começou a comprar deste tipo de cabelo e a usar em suas clientes, incentivando,
inclusive, comprimentos cada vez maiores de trança, além de diferentes cores e
tipos de tranças como o twist (trança de duas pernas) e a trança californiana (em
que se começa com uma cor e as pontas são coloridas). Estamos falando agora em uma época mais
recente, cerca de cinco anos atrás, em que, com a ajuda da internet já se fala muito mais de cabelo afro por meio
de sites e principalmente do Youtube. O surgimento de diversos canais de
blogueiras negras como Gabi do canal DePretas, Xan Ravelli, Magá Moura, Maraisa
Fidelis e Nátali Neri, para citar alguns exemplos, acabou por impulsionar mesmo
que indiretamente o trabalho de Esther, justamente pelo efeito dominó que é o
empoderamento das mulheres negras. Com a ajuda da internet muitas meninas e mulheres
que antes não tinham referencial de beleza, passaram a amar seus cabelos
naturais e fazer transição capilar (quando se
abandona o processo de química). As tranças, além de um estilo de vida,
também auxiliam essas mulheres em busca de identidade capilar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esther, cada dia mais
brasileira, sente-se feliz e realizada por poder tocar a educação de suas
filhas fazendo tranças. Hellen, Noreen e Jay, por sua vez, seguem a lógica do
efeito dominó do empoderamento inspirando amigas e clientes da mãe, já que são
sua maior vitrine.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para além de seu sustento, Esther
se orgulha por elevar a autoestima das meninas, mulheres e senhoras que passam
quase que diariamente por sua casa, provando ao pé da letra que trançar
significa tecer histórias com fios de cabelos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-81402091236866741512017-10-30T08:12:00.002-07:002017-10-30T08:13:03.807-07:00Sobre Mother!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEgrJBeERzsj_x0ap8g9AdV6IecdEkg8JOUKsBjRUh9iOdC7m1sJhVLhuJnzKVbwcllx2jA6O3MxIbCWchZtCch9qZTvZHSVYkuP1xP7vImOpOtWtKKWS1ghHvQZAvCK1QHhM7gFxDZgg/s1600/motgher.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="802" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEgrJBeERzsj_x0ap8g9AdV6IecdEkg8JOUKsBjRUh9iOdC7m1sJhVLhuJnzKVbwcllx2jA6O3MxIbCWchZtCch9qZTvZHSVYkuP1xP7vImOpOtWtKKWS1ghHvQZAvCK1QHhM7gFxDZgg/s320/motgher.jpg" width="213" /></a><span style="color: blue; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Estou maturando Mother! na minha cabeça há dois dias, quando fui assistir num final de tarde de sábado.</span><br />
<span style="color: blue; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Após assistir ao filme, claro, procurei textos a respeito, podcasts,e opiniões de amigos sobre o que se passou no longa. Há todo este enfoque de (re)tratar assuntos de cunho bíblico em Mother!. Eu, em minha primeira leitura, não fiz esta alusão. Acho que o que encanta no cinema é esta característica de obra aberta: Cada um que assiste tem um sentir a respeito. Os gostos e significados diferem e é esta enorme colcha de retalhos de opiniões que engrandece a obra. A troca de ideias e pontos de vista faz o filme continuar existindo.</span><br />
<span style="color: blue; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Então, para além do que li nas críticas, fico com a interpretação que o filme me passou. A personagem de Jenifer Lawrence me lembrou muitas mulheres que mesmo sendo as "musas" de um relacionamento,seu esteio e alicerce, não têm suas vozes ouvidas e são subjugadas, ignoradas em seu sentir. O filme para mim fala sobre se dedicar a algo de corpo e alma e não ter retorno. Sobre nunca ser o suficiente. Sobre gritar e ter seu grito sufocado, esquecido.</span><br />
<span style="color: blue; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Depois das duas últimas cenas lembro que ali,no cinema, enquanto rolavam os créditos e eu ouvia pessoas saindo dando risada (!!!) caí em um choro compulsivo de dor. Mother! tocou partes de mim que não imaginava que pudesse tocar. </span><br />
<span style="color: blue; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não sei se a intenção de Darren Aronofsky ao fazer o filme foi brincar de Deus ou ser atrevido ao ponto de nos perturbar na cara dura. O fato é que ele conseguiu fazer um filme provocador, que nos move a pensar em meio ao caos e que testa nossa capacidade de assistí-lo até o final.</span><br />
<div>
<br /></div>
joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-19537238427808842922017-09-26T07:07:00.001-07:002017-09-26T07:08:25.292-07:00Compaixão<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: blue;">Pensei em
começar este singelo texto fazendo uma pergunta na terceira pessoa: “ Por que será que pegamos tão pesado conosco?”. Aí eu pensei, “Joy, você quer enganar a quem?
Se o blog é seu e a pergunta é algo que tem a ver contigo, qual o motivo para florear?” <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: blue;"> Sim, eu tenho intensos papos comigo o dia
todo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: blue;">Começando
então novamente, por que será que pego tão pesado comigo?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: blue;">Comecei a
pensar nisso depois de reler um trecho de A insustentável leveza do ser, do
Milan Kundera, sobre a compaixão. Ele explica que este sentimento tem a ver com
empatia com a dor do outro e também com
a capacidade de viver com o outro
emoções como a alegria ou mesmo a angústia. Nas palavras de Kundera, a
compaixão é o “sentimento supremo”. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: blue;">É trabalho
“mais fácil” me compadecer dos erros alheios. É sempre um tal de “mas fulano
deve ter sofrido também”, e “fulana deve
ter penado”, etc, mas quando o erro é meu, parece que há um peso inexplicável a
se carregar: a dor de ter errado, a dor
do “e se eu tivesse feito diferente?”, a
dor de tentar me compadecer, quase conseguir e voltar a me culpar. Se perdoar
alguém requer um olhar de maturidade e clareza, o autoperdão esbarra nestes
fatores e numa certa noção de que precisamos também de uma dose de bondade, um olhar para dentro de si de forma desarmada.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: blue;">Por que,
então, continuo a pegar tão pesado
comigo?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: blue;">Às vezes
penso que é porque do outro posso me despedir. Eu, ao contrário, moro comigo. Não
posso falar “Te vejo semana que vem, Joy”, porque sou minha casa 24 horas por
dia, 7 dias por semana sem dar sossego. Quando deito no travesseiro, sou eu que
me embalo até pegar no sono ou sou eu que me dou bronca pelos erros. Ah, se um
dia eu pudesse ver meu passado inteiro....
( este parêntese é para chamar minha própria atenção e dizer “Joy, pare
de querer citar o Kiko Zambianchi).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: blue;">Este post sem
pé nem cabeça é apenas um exercício de memorização de algumas coisas que sei na
teoria, mas que na prática são um bocado difíceis de realizar: <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: blue;">Devo ser
gentil comigo, me olhar com olhos de compaixão. Não, não devo esquecer de meus
erros. Preciso olhar para eles com a firmeza de quem reconhece que fez errado
mesmo com boas intenções e saber que o passado não volta , mas que há um claro
futuro (De novo fazendo citações.....) pela frente. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: blue;">Preciso
deixar as portas da minha própria percepção abertas para saber receber também
as outras emoções, mas também aprender a perdoar e a pedir perdão para mim.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: blue;">Não será
depois destas linhas tortas que resolverei tudo, isso é verdade. Mas quero
voltar nelas sempre que for rude comigo... Uma hora incorporo este mantra todo!
E aí, se no meio do caminho, você (agora falo contigo mesmo, que eventualmente
pode estar lendo), se identificar, espero que possa se perdoar também, ou ao
menos saber que isso é possível um dia. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: blue;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: blue;">Para encerrar, vamos ao Kiko, já que não vejo outra música para fechar este post.</span><br />
<span style="color: blue;"><br /></span>
<span style="color: blue;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/OpWWZwvx3B0/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/OpWWZwvx3B0?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-61159097213041601392017-07-27T09:17:00.004-07:002017-07-27T09:17:34.182-07:00Anotações soltas sobre uma letra de forró<span style="color: #b45f06;">Costumo usar de várias fontes de arte para tirar referências que expliquem meu sentir. Dos versos de poemas traço paralelos do meu momento atual. Das páginas dos livros que li também brotam sempre reflexões, falas emblemáticas, parênteses que só eu sei, metáforas diversas.</span><br />
<span style="color: #b45f06;">Engraçado é quando aquela música bem X te pega por algum motivo.</span><br />
<span style="color: #b45f06;">Quem aí se lembra do grupo (amo chamar bandas de GRUPO) Falamansa? Eu sei que você lembra, vai... Em um de seus hits, quiçá o maior deles, o Xote dos Milagres, está uma questão muito enigmática e porque não dizer, humana, profunda: "Veja só,você é a única que não me dá valor. Então, por que será que esse valor é o que eu ainda quero ter?"</span><br />
<span style="color: #b45f06;">Este verso sempre me prendeu, e o levo ao divã com frequência. Primeiramente, penso nessa necessidade de validação que temos. No fundo, não queremos estar sós. Buscamos ser notados,aprovados,mesmo que inconscientemente. Dançar conforme a música é mais confortável com mais gente na pista, sabe? De tanto buscarmos a tal validação, caímos na armadilha de esquecermos de nos auto-validar. Às vezes buscamos valorização onde nada podemos conseguir,e na ausência desta validação, em meio às crises e lamentações, podemos cair no erro de esquecer de olhar para os lados e perceber que muita gente pode estar nos valorizando,querendo nos tirar para dançar, merecendo reciprocidade, joia tão rara em tempos de relações cada vez mais líquidas e cheias de medo de arriscar, de viver se entregar. Falo de qualquer relação, não necessariamente as de casal. Responder à questão proposta na música do Falamansa é bem difícil. Já são várias audições, conversas com o analista, reflexões solitárias e não ainda consegui achar a resposta. Contudo, penso que só o fato de refletir já é um avanço, mas mesmo sem saber resolver este enigma, que possamos aprender a nos enxergar como boas pessoas, com boas qualidades. Que achemos (eu e você que me lê e não se valida todos os dias) nossa auto-validação. Que tenhamos a capacidade de olhar para o outro sem egoísmo, amando, cuidando e sabendo que sentimentos entregues ao outro geram sim responsabilidade. Que saibamos declinar da entrega quando não nos cabe aceitar. Que o façamos com cuidado, mesmo sabendo que eventuais machucados são inevitáveis.</span><br />
<span style="color: #b45f06;">Que saibamos valorizar.</span><br />
<span style="color: #b45f06;">Quem diria que um forró dos saudosos anos 00 geraria tantos pensamentos desenfreados, não é?</span>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-15220009293861313652017-07-21T14:27:00.002-07:002017-07-21T14:32:34.430-07:00Numa página qualquer<i><span style="color: blue;">Pegou seu diário e se pôs a ler. Fazia tempo que já não escrevia porque não conseguia mais colocar no papel a vastidão de pensamentos que iam à sua cabeça confusa. Ensaiava algumas linhas, mas no meio do parágrafo era atropelada por tudo que queria dizer. Queria desafogar, mas acabava completamente afogada. Passou, então, a preferir o silêncio.</span></i><br />
<i><span style="color: blue;">Começou a folhear as páginas. Muitas delas eram bem pessimistas. Outras, tinham flores desenhadas na margem. Anotações em inglês, garranchos quase impossíveis de ler, como cartas psicografadas às pressas.</span></i><br />
<i><span style="color: blue;">No meio daquelas folhas, preso a um clipe, estava um papel branco, destacado, com tinta preta. Era uma anotação que havia feito numa madrugada qualquer enquanto observava o bem amado. Dizia que mesmo sendo alta madrugada e precisando acordar cedo estava ali, fazendo companhia e o observando. Dizia que mesmo em meio às tormentas, olhar para ele naquele momento lhe dava a certeza do que sentia, que poderia ficar ali para sempre, que mesmo tendo de acordar muito cedo, acordaria podre de cansaço, mas feliz pela observação e constatação daquilo que sentia, apesar dos poréns.</span></i><br />
<i><span style="color: blue;">Era uma nota escrita há muito tempo. Tudo havia mudado desde então,mas ao (re)descobrir aquele pedaço de papel que com tanto carinho guardara, uma enxurrada de sentimentos brotaram. Era como se aquela atmosfera guardada ali invadisse seus olhos e coração. Tudo começou a transbordar sem que ela pudesse evitar.</span></i><br />
<i><span style="color: blue;">Tirou o clipe, tomou o impulso de rasgar o papel,mas suas mãos não tiveram força para fazê-lo. Travaram. Percebeu que não adiantava rasgar aquilo. Sentimentos não podem ser rasgados e descartados como uma simples folha de papel. Podem até ser reciclados, mas nunca relegados à desimportância.</span></i><br />
<i><span style="color: blue;">Sentiu raiva por um momento. Pensou em suas mágoas, seu coração tão partido, na percepção do passar do tempo que é tão diferente para pessoas que estão bem e para pessoas que estão se recuperando de dores causadas pela vida. Quis chorar e gritar, se culpar pelo que não deu certo, pelo que poderia ter feito diferente, mas aí uma voz dentro de si a alertou para algo que é bem verdade: Não adianta chorar pelo leite derramado, ou melhor, pelo amor amado. Se o amor foi entregue, foi de peito aberto,por decisão firme,com intensidade e imensidão.</span></i><br />
<i><span style="color: blue;">Ela olhou pra si e se sentiu viva. Que sorte tinha de saber que dentro de si cabia tanto sentimento para dar. Essa é a verdadeira dádiva, o mais belo semear que poderia fazer na vida.</span></i><br />
<i><span style="color: blue;">Guardou o papel novamente,no mesmo lugar, com a convicção de que aquele momento narrado na nota foi verdadeiro para ela, e de que ser amorosa era a mais bonita qualidade que tinha.</span></i><br />
<i><span style="color: blue;"><br /></span></i>
<i><span style="color: blue;">Uma hora a colheita será certa.</span></i><br />
<i><span style="color: blue;"><br /></span></i>
<i><span style="color: blue;">Ela merece.</span></i><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /><iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/b2t9UsdD440/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/b2t9UsdD440?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-24734830057870508432017-06-28T14:04:00.000-07:002017-06-28T14:06:07.823-07:00Drão<div class="MsoNormal">
<span style="color: #351c75; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">“Não há o que perdoar, por isso mesmo é que há de haver mais
compaixão.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #351c75; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #351c75; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Esse verso é uma das coisas mais lindas que poderiam sair da
cabeça, coração e alma de um ser humano.
É também um dos maiores mistérios da vida, na minha singela opinião. Não
só o verso em questão, mas a canção inteira. Gilberto Gil escreveu Drão na
ocasião de um término. Gostaria de perguntar a ele de onde saiu tanto tato para,
do alto de um momento difícil, escrever cada palavra desta música. Todas elas
juntas formam uma bela lição do que é o sentimento de amar. Do que é a
transformação do amor. Do que tem que morrer pra germinar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #351c75; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Essa música, além de me fazer chorar pela beleza, me faz
chorar de admiração. Olho para cada frase e entendo tudo com minha cabeça, mas
tenho certeza que me falta ainda muita vivência para alcançar algo que creio
que Gil teve de sobra ao escrever Drão. Falta Sabedoria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #351c75; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Quanto tempo será que leva para entender de coração que é
preciso mais compaixão e menos culpa? É um exercício de humildade, de ser fraterno,
de menos egoísmo. Como é difícil não ser egoísta! Como é trabalhoso cavar um
espaço na própria dor para observar o buraco da dor do outro. Penoso também é o
problema da culpa. Por que será que queremos tudo preto no branco? Para quê precisamos
de um responsável sempre? Será que culpar alguém nos faz menos doloridos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #351c75; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Olho o que Gil diz em Drão e observo o abismo que é o entendimento das coisas na
teoria e na prática. Penso se nossas formas egoístas de amor o invalidam.
Lembro que somos todos humanos. Como humanos, não nascemos sabendo. Vamos
caminhando pela vida, tateando as emoções, nos moldando, aprendendo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #351c75; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Tem gente que é mais iluminada e aprende a ser sábio mais cedo.
Os poetas como Gil, por exemplo. Tem gente que vai vivendo e tateando e almejando
encontrar a luz pela dura caminhada da vida.<o:p></o:p></span></div>
<span style="color: #351c75;"><br /></span>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #351c75; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Espero logo poder encontrar a minha.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #38761d; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/-YAQ8fYqtfw/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/-YAQ8fYqtfw?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #38761d; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #38761d; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #38761d; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-87128231458573473502017-06-23T13:25:00.000-07:002017-06-23T13:26:16.549-07:00Gold<span style="color: #674ea7;">Ouvindo um podcast de música na internet um cantor tentava explicar o que sentiu para compor uma determinada canção. Basicamente,queria passar a ideia do que o amor lhe causava. Ele falava da sensação de olhar para sua namorada e perder o fôlego, não conseguir dizer nada, tão movido pelo amor que se sentia. Estou sentindo amor, e ele é feito de ouro, ele explica na letra. Num determinado momento da entrevista, ainda tentando explicar essa onda que nos toma quando amamos, ele diz a frase na qual fiquei presa: Love is like a punishment. O amor é como uma punição.</span><br />
<span style="color: #674ea7;"><br /></span>
<span style="color: #674ea7;">O amor é como uma punição?</span><br />
<span style="color: #674ea7;"><br /></span>
<span style="color: #674ea7;">Fiquei tentando ponderar sozinha sobre isso. Claro que existe a máxima de que o amor liberta, de que o amor é leve, etc, mas sendo bem sincera, acho que o amor é um sentimento tão poderoso e gigante, que o comparo com um campo a se explorar. Quem sente amor é sempre alguém preparado para uma nova batalha a cada dia. São turbilhões de sensações. São várias formas de amar. Amar a si, amar ao próximo, amar sem ser amado. Para cada forma de amor, um uniforme. Para cada uniforme, suas marcas. Para cada marca, uma característica. À medida que vamos vivendo o amor e experimentando suas formas, seus anseios, vamos entendendo como lidar.</span><br />
<span style="color: #674ea7;"><br /></span>
<span style="color: #674ea7;">Não é fácil. Talvez por isso o cantor deva ter falado em amor como uma punição. Porque amar é sublime, mas também pode doer. Doer de amar, doer de desejar o amor, doer de saudade, doer de deixar partir, passar por cima de orgulho, de egoísmo. Somos humanos, logo, somos egoístas. Taí outra batalha que enfrentamos com o amor: o desapego do egoismo. Nos moldamos para o amor, o que me faz lembrar de uma fala de um filme muito querido por mim e que adivinhem, fala sobre (a descoberta do) amor. O filme é Antes do amanhecer e a fala diz mais ou menos assim: Afinal, tudo que fazemos na vida não é um modo de sermos amados um pouco mais?</span><br />
<span style="color: #674ea7;"><br /></span>
<span style="color: #674ea7;">É de se pensar.</span><br />
<span style="color: #674ea7;"><br /></span>
<span style="color: #674ea7;">O amor é o maior mistério da vida, ao passo que também é singelo. Por isso mesmo, ele é ouro. Porque é precioso.</span><br />
<span style="color: #674ea7;"><br /></span>
<span style="color: #674ea7;"><br /></span>
<span style="color: #674ea7;">Caso queira ouvir o podcast</span> - <a href="http://songexploder.net/chet-faker">http://songexploder.net/chet-faker</a><br />
<br />
<span style="color: #8e7cc3;">E caso queira ouvir o som:</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/hi4pzKvuEQM/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/hi4pzKvuEQM?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-77032699513711670162017-06-14T11:16:00.001-07:002017-06-14T11:16:15.215-07:00Carta Aberta<br />
<i><span style="color: #0b5394;">Estive pensando em um modo legítimo de pelo menos secar o entorno do meu peito transbordado sem cair em tristezas e lamentações que não levam a nada.</span></i><br />
<i><span style="color: #0b5394;">Resolvi então em escrever uma carta para cada lembrança que você me causa.</span></i><br />
<i><span style="color: #0b5394;"> Não tenho como saber se você vai ler essas linhas tortas, mas dizendo ao papel as coisas que me vão ao coração, vou limpando meu terreno interno pelo menos até a nova onda me inundar. Tornar o pensamento verbal em palavra escrita tem peso medicinal. É alívio imediato fazer do papel um cúmplice.</span></i><br />
<i><span style="color: #0b5394;">Senti saudade do seu sorriso ontem. Meu deus, poderia escrever um livro descrevendo o momento do seu sorrir! O que me é favorito é aquele furtivo, que sai do inesperado quando você se depara com qualquer detalhe de beleza, seja um parágrafo bem escrito num texto de jornal ou um acorde bonito de guitarra. </span></i><br />
<i><span style="color: #0b5394;">Foi seu sorriso que me causou o primeiro de muitos encantos.</span></i><br />
<i><span style="color: #0b5394;">Lembrei como sua risada é sincera. Digo isso porque você não ri de qualquer coisa. Eu, que sou palhaça e rio de qualquer besteira - alto lá, que certo critério eu tenho! – te chamava de esnobe na minha cabeça, porque achava absurdo não rir de certas bobagens ou memes do momento. Aprendi com o tempo que aquele ar desdenhoso frente às besteiras que te mostrava não era uma afronta a meu modo solto de rir. Era apenas um jeito tão seu de não jogar qualquer risada ao vento. Isso deve ser coisa que vem com a maturidade, não é?</span></i><br />
<i><span style="color: #0b5394;">Como a carta é aberta, não vou fazer fechamentos por hora. Sim, usei um trocadilho ridículo. Sempre gostei de fazer trocadilhos sem graça perto de você. Às vezes você até que achava graça. Eu sei que achava... </span></i><br />
<i><span style="color: #0b5394;">Eu via em seu sorriso.</span></i>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-68517649066857138932017-06-09T06:11:00.000-07:002017-06-09T08:31:29.037-07:00Sobre Milana <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEvtZiM9s2WoU08Ej1hUAON7QF1-dHNeNijQxkut-MnGeIQ_YDJUrtBsiE-HEwZ0dBmD727ChVe_CO8zudoULGP-qdYYAJ1-n6rrOA82xtgQsteBzEr_qZcc2GjcuRtHS-8kgPQ94pHHQ/s1600/mln.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEvtZiM9s2WoU08Ej1hUAON7QF1-dHNeNijQxkut-MnGeIQ_YDJUrtBsiE-HEwZ0dBmD727ChVe_CO8zudoULGP-qdYYAJ1-n6rrOA82xtgQsteBzEr_qZcc2GjcuRtHS-8kgPQ94pHHQ/s320/mln.jpg" style="cursor: move;" width="320" /></a><span style="color: #0b5394;">Milana surgiu em minha vida como que vinda de um outro planeta. Que ser diferente, aerado e esplêndido em seu caminhar! Queria ser o vento, costumava dizer. Todos ao redor achavam bizarro alguém querer ser vento. Eu sempre achei bonito.</span><br />
<span style="color: #0b5394;">Milana é esquelética e alongada. Elegantes formas em seu corpo de bailarina. Cada passo que dá parece coreografia. Milana sabe dançar sua própria dança.</span><br />
<span style="color: #0b5394;">Ela não veio com filtro de fábrica: de sua boca fina saem palavras pesadas, que doem como navalhas. Mas se a vida fere todos os dias, porque Milana mediria palavras? Da mesma forma que é voraz, Milana é doce. Sua aura de amor envolve quem está perto. Sua sabedoria e lucidez espantam pela coragem e peito aberto com que age.</span><br />
<span style="color: #0b5394;">Além de tudo isso,Milana sabe abraçar. O abraço de Milana não economiza aperto. Quando ela te abraça, quer entrar dentro de você, ir fundo mesmo. Milana abraça com verdade.</span><br />
<span style="color: #0b5394;">Essa mulher de quem o nome repeti inúmeras vezes neste pequeno texto é inesquecível e tão verdadeiramente real e presente, que qualquer encontro com ela, ainda mais sendo fora de contexto e sem combinação, é cheio de transcendentalismo. </span><br />
<span style="color: #0b5394;">Milana é a ventania. </span><br />
<span style="color: #0b5394;">Meu amor por ela voa, livre.</span>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-15512565627220410152017-03-05T13:58:00.002-08:002017-03-05T14:00:31.264-08:00Sobre meu jeito de amar<span style="background-color: white; color: #cc0000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>Ontem mesmo estava pensando em meu jeito de amar.</i></span><br />
<span style="background-color: white; color: #cc0000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>Eu amo com urgência,sem pudor,com exagero, dilaceradamente.</i></span><br />
<span style="background-color: white; color: #cc0000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>Eu amo esparramado, declarado,que mesmo em silêncio a mensagem fica clara.</i></span><br />
<span style="background-color: white; color: #cc0000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>Eu amo com palavras, eu dou cartaz. Eu amo do amor escorrer pelos meus olhos.</i></span><br />
<i><span style="color: #cc0000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="background-color: white;">Escorre uma cascata. Nenhuma barreira contém meu amor correndo em alta velocidade.</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><br />Não sei fazer de outra maneira.</span></span></i><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; font-style: italic;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Na foto, um belo poema de Adélia Prado.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbnI2F_FGyE7X5yxjR5qneWMmIjPtA7oZm0S4MwfVVmovUxb1XDxNIwHRTnhn-QCkmlfAHTkzZw64kJVcduypI0QgdaNcXrom8WBS9zBmdgyica-22nt5oNzhCq-4rWx7fh9aWw6tiGqI/s1600/ap.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbnI2F_FGyE7X5yxjR5qneWMmIjPtA7oZm0S4MwfVVmovUxb1XDxNIwHRTnhn-QCkmlfAHTkzZw64kJVcduypI0QgdaNcXrom8WBS9zBmdgyica-22nt5oNzhCq-4rWx7fh9aWw6tiGqI/s320/ap.jpg" width="320" /></a></div>
joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-63275322626891078982017-02-16T20:26:00.001-08:002017-02-16T20:53:29.507-08:00Take me tonight<div class="MsoNormal">
<span style="color: #cc0000; font-size: medium;"><i>Vem me buscar essa noite. Quero sentar no banco do seu carro
e deixar você me levar em silêncio, a mão na minha coxa quando o farol fechar,
o olhar de banda quando ficar tudo muito quieto.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #cc0000; font-size: medium;"><i>Me leva. Não me deixa aqui angustiada. Vem me falar como foi
seu dia. Fale sem parar, até perder o fôlego. Depois, fale mais. Me conta o que
ouviu de novo, a música que descobriu
naquele filme, de como está estressado com trabalho, de como se irrita com os
indivíduos que não dão seta no trânsito.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #cc0000; font-size: medium;"><i>Me acolhe. Diz pra mim que tudo vai dar certo quando minha
esperança estiver remando contra a maré. Me pega um copo d’água, pega o óleo e
me faz uma massagem, deixa eu te cheirar o cangote e bagunçar o seu cabelo
recém penteado. Me diz que tudo vai ficar bem e pede pra eu fechar os olhos
para o sono vir logo.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #cc0000; font-size: medium;"><i>Se meta na minha vida. Entra dentro dela que o convite tá na
porta e nem precisa bater. Estou aqui com a mobília pronta, a casa feita, os
ouvidos atentos e os braços abertos.
Senta no sofá, diz pra eu não exagerar e não pirar. Fala pra eu ter
juízo, me fale sobre fé. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #cc0000; font-size: medium;"><i>Depois de tudo isso bota a mesa. Antes do jantar, tira minha
roupa. toma banho comigo. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #cc0000; font-size: medium;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #cc0000; font-size: medium;"><i>Me veste de paz.<o:p></o:p></i></span></div>
<br />joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-41353609134262602932016-04-13T15:16:00.000-07:002016-04-13T15:16:48.773-07:00Setembro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqiTAkaPWZwKUXEzu1RWovpy-F91Uf1C4y_yOh3YW-ac4puuZ2DXLCfvOjZGr3pXYzivjBBC1dcT38cvktfpgP2TkH7To3S6_OLdEDNVVgS9ofRXAbcJtg7RRlqyzGdPwPbZC1osYXvAg/s1600/wa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqiTAkaPWZwKUXEzu1RWovpy-F91Uf1C4y_yOh3YW-ac4puuZ2DXLCfvOjZGr3pXYzivjBBC1dcT38cvktfpgP2TkH7To3S6_OLdEDNVVgS9ofRXAbcJtg7RRlqyzGdPwPbZC1osYXvAg/s320/wa.jpg" width="320" /></a><i><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><span style="color: red;">S</span></span><span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><span style="color: red;">etembro </span><span style="color: #0b5394;">é um dos mais belos trabalhos já feitos por Woody Allen. Acho que posso dizer isso com certeza por ter visto muitos filmes dele. Adoro suas comédias, mas é no drama que Woody me conquista. Ele mesmo, no livro Conversas com Woody Allen, já disse que gosta muito mais deste gênero. E SETEMBRO é drama dos bons! Filme fechado em um ambiente com poucas pessoas e muitas histórias. Dentro destas histórias, desejos e mágoas diferentes. Tudo isso permeado por uma trilha sonora penetrante, quase em tom confessional.</span></span><br style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #0b5394; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">O trabalho de atuação de Mia Farrow é tocante.Posso dizer que esta é uma das personagens de Woody com a qual mais me identifico em questão de desejos, ansiedade e até de uma certa tristeza. Estou com lágrimas nos olhos.</span></span></i>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-4392870159979107142016-04-09T16:39:00.001-07:002016-04-09T16:39:38.499-07:00Miniconto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHElylO7ZREjN9wGSlzk7RNNpOnetjxs8rE_8c_Fpa1P-ZjYLkw2US390qatFjiSHJ9SWgJMrAW7U4wIa59-EwE4BgOhNR7f4hkbmggi6YdN7cS1K-halb2FoVFtNluyOkzWBahS65cHw/s1600/miniconto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHElylO7ZREjN9wGSlzk7RNNpOnetjxs8rE_8c_Fpa1P-ZjYLkw2US390qatFjiSHJ9SWgJMrAW7U4wIa59-EwE4BgOhNR7f4hkbmggi6YdN7cS1K-halb2FoVFtNluyOkzWBahS65cHw/s320/miniconto.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif;">Meu cabelo emaranhado em teu travesseiro revela onde quero estar presa todas as noites, para me sentir livre de manhã.</span></span></div>
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><div style="text-align: center;">
<span style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif;">Amanheceu, posso voar.</span></div>
</span>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-38757686507513866312014-10-28T11:25:00.001-07:002014-10-28T11:28:42.843-07:00Sobre ver Woody Allen no cinema<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPZjRVLlF8ztGcheioNAmhG51VBy7lz0xUKZVIPoM25UWeI-zSM9-anjICa3kBhJk_llbtUrqOGFNfU5-8L-vA3_FMT_JWOCqhxdPns42tpmjnhPxSwxlC0NPyqTMgisFDElTnOD5mmyk/s1600/woody-allen-a-documentary.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPZjRVLlF8ztGcheioNAmhG51VBy7lz0xUKZVIPoM25UWeI-zSM9-anjICa3kBhJk_llbtUrqOGFNfU5-8L-vA3_FMT_JWOCqhxdPns42tpmjnhPxSwxlC0NPyqTMgisFDElTnOD5mmyk/s1600/woody-allen-a-documentary.jpg" height="215" width="320" /></a><span style="color: #741b47;"><i>Assistir Woody Allen no cinema é sempre algo mágico.Não importa se o dia demorou para passar, se acordei cedo e saí sem tomar café, se peguei condução lotada, se fui empurrada ou se pisaram na minha sapatilha novinha : a expectativa de ir ao encontro de Woody no final da tarde é muito, muito maior do que qualquer contratempo.</i></span><br />
<span style="color: #741b47;"><i>Entrar numa sala de cinema pequena, pegar uma poltrona lá no cantinho e aguardar o início da projeção já deixa meu coração leve. Imagine então o tamanho do encanto que se dá quando as luzes se apagam e depois de muitos trailers , o famoso e esperado letreiro em preto e branco aparece mostrando sempre um elenco estelar! Aquela atmosfera me transporta para dentro do filme. Como é bom rever as belas mulheres de Woody, seu humor, suas falas rápidas, o sarcasmo, a ironia e a trilha que sempre tem algo de Cole Porter e dos irmãos Gershwin!</i></span><br />
<span style="color: #741b47;"><i>Acima de tudo, o que me encanta em ver Woody Allen no cinema é o fato de que não importa se é uma obra-prima ou apenas mais um entre os muitos longas que já fez, há sempre um bocado de magia em seus filmes. De Paris a Nova York, de Roma a Espanha, desta ou daquela cena, sempre saem frases tocantes, lições de vida ou alentos para o meu coração.</i></span><br />
<span style="color: #741b47;"><i><br /></i></span>
<span style="color: #741b47;"><i>Encontrar o velho Woody no cinema tem gosto de tradição, encontro marcado, coisa para celebrar. É o tipo da magia sem a qual não posso viver .</i></span><br />
<br />
<br />
<!--3-->
<br />
<!--3--><br />
<span style="color: red;"><b>Eu te amo, Woody Allen !!<!--3--></b></span>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-11994667136220774142014-09-15T15:14:00.001-07:002014-09-15T15:15:30.865-07:00Recado à Moça<span style="color: #990000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Moça, como não estar de olho em você?</span><br />
<span style="color: #990000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Seus cachos fazem embaraçar minha cabeça desde quando eles eram claros, cor de mel. Agora assim, negros como sua pele, puro ouro marrom, continuam a exercer em mim um encanto peculiar. Deve ser a mágica deste sorriso doce, o cheiro que eu ainda lembro bem, a imponência de sua altura. </span><br />
<span style="color: #990000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="color: #990000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">A curiosidade sobre você anda branda, mas ainda te sigo com os olhos. Sou mais uma na multidão que te segue. Por certo, quem tem a sorte de conhecer o caminho sinuoso de suas curvas também é condenado a estar sempre sob forte encanto. E que doce, doce encanto!</span><br />
<span style="color: #990000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="color: #990000;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Acho que você é feiticeira, moça.</span></span><br />
<span style="color: #990000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"> Acho que você é Bárbara.</span><br />
<span style="color: #990000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="color: #990000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/UUQG9Xchg44" width="420"></iframe>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-45757430255687396672014-08-20T20:37:00.003-07:002014-08-20T22:00:40.793-07:00Sem medida<div class="MsoNormal">
<span style="color: #990000; font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Não
consigo pegar no sono.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #990000; font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Minha
cama de solteiro pode parecer pequena para os outros, mas para mim é como um imenso
deserto. Gosto de ter onde escorar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #990000; font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O
silêncio da noite me atrapalha. Ali, quieta, fico esperando sozinha o sono
chegar, e na ausência dele, os latidos dos cães na rua me fazem companhia, enquanto
acompanho os passos dos gatos no telhado. Tento ler, mas o tic tac do relógio
da cozinha me desconcentra. Na TV, só
bobeira. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #990000; font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Tomo um chá, faço uma boquinha, ando pela casa
de madrugada: Na maioria das vezes o sono não vem. Reparo então como com você é
tudo tão mais fácil: Nada de tic tac, miados, caminhadas ou latidos. Basta
virar de lado, cheirar seu pescoço e estou em paz. Nem me importo se você pega
no sono antes de mim quando o que eu quero é papear na cama. Quando você dorme
primeiro, roubo metade do teu espaço no travesseiro e fico no quentinho do seu
corpo, ouvindo você respirar cansado até o sono vir para mim. Quando amanhece sempre
acordo torta e com mal jeito no pescoço, mas a sensação de noite bem dormida é
indescritível. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #990000; font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #990000; font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Já
estou (mal) acostumada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #990000; font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<span style="color: #990000;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><span style="color: #990000;">Não
se medem bons sonhos com você.</span><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/iyOf9onQrmI" width="420"></iframe>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-55487553057974273262014-08-03T15:44:00.001-07:002014-08-03T15:51:08.440-07:00Ideal de amor<div class="MsoNormal">
<span style="color: blue;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">Penso no ideal de amor como um livro vazio.
Para a história ser escrita, é preciso quatro mãos, pois </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">um amor ideal não se
resume em poucos capítulos, e apenas duas mãos não dão conta de fazer tudo acontecer. Os autores podem ter estilos diferentes, mas ainda
assim, devem chegar a um denominador comum em prol da história a ser contada. É
preciso disposição, paciência, tolerância e um bocado de paixão para fazer a
história acontecer. Uma dose de bom humor, outra de romantismo e ouvidos sempre prontos a escutar também ajudam. É preciso capítulos quentes mesclados com outros, nem sempre tão
contentes, afinal o amor de verdade não é sempre cor de rosa. Alguns parágrafos podem ser bem justificados, e outros, subjetivos, mas sempre
retratando o cotidiano e as vivências, que são os verdadeiros combustíveis para
a história acontecer. <o:p></o:p></span></span><br />
<span style="color: blue;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><span style="color: blue;">Penso no meu ideal de amor assim como
Gilberto Gil, que fez para sua mulher, esta que é uma das músicas mais lindas
músicas de amor que eu já vi :<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><span style="color: #cc0000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #cc0000; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">É a sua vida que eu quero bordar na minha</span><br />
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha<br />
E a agulha do real nas mãos da fantasia<br />
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia<br />
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor<br />
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor<br />
O zig-zag do tormento, as cores da alegria<br />
A curva generosa da compreensão<br />
Formando a pétala da rosa, da paixão<br />
A sua vida o meu caminho, nosso amor<br />
Você a linha e eu o linho, nosso amor<br />
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa<br />
Reproduzidos no bordado<br />
A casa, a estrada, a correnteza<br />
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><span style="color: blue;">Qual
é o seu ideal de amor?</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><span style="color: blue;"><br /></span></span>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/VD1JLSyOgkw" width="560"></iframe>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-66947059703370224432014-07-20T22:39:00.000-07:002014-07-20T22:44:46.108-07:00Recital<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><i><span style="color: #cc0000;">Depois de mais uma transa, ele foi tomar uma água.
Eu fiquei ali, estirada no sofá. Quando ele voltou, me abraçou. Ao me abraçar,
não resisti. Desabei. E ali, com minhas lágrimas escorrendo em seus braços, comecei a pensar no porquê de
me emocionar depois de um ato tão aparentemente carnal. Fazendo uma leitura
mais profunda do que havia (mais uma vez) acontecido há minutos atrás, interpretei que a ideia de
abrir minhas pernas como uma casa para ele poder ficar à vontade, soava como a
própria personificação de alguma poesia. Era como se cada gemido fosse um
verso, e cada espasmo, um soneto. Sua boca ia falando a minha língua e fazendo
rimas no meu corpo, ora mais ricas, ora mais sujas. As lágrimas corriam porque
era difícil passar ilesa pela força daquele corpo, por aquele olhar de domínio.
Era fascinante ser página em branco para que a cada capítulo, uma nova poesia
fosse escrita.<o:p></o:p></span></i></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><i><span style="color: #cc0000;"> Era fácil
contar com as lágrimas depois do recital.</span></i><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><i><span style="color: #cc0000;"><br /></span></i></span></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/WBnYcxEkjoo" width="420"></iframe>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-68455173279776206752014-02-06T06:54:00.001-08:002014-07-20T22:12:16.250-07:00Você é feliz?<div class="MsoNormal">
Você é feliz?</div>
<div class="MsoNormal">
Essa questão é uma enorme armadilha: pode ser respondida com
um sim ou com um não, e, no entanto, não consigo respondê-la de bate pronto. Não
sei responder. Se me perguntam qual minha cor favorita, em um instante digo:
azul. Se me questionam quais são meus ídolos, vou de Woody Allen a Djavan. Se quiser
saber qual estação do ano eu prefiro, digo imediatamente que é o verão, ainda
que o calor me faça derreter e cause certo incômodo. </div>
<div class="MsoNormal">
O sorriso de uma criança me faz ser feliz, assim como um dia
de sol, uma taça de sorvete ou ir ao cinema. Mas esses são momentos. Posso
ilustrar milhares de momentos que me fazem estar feliz: amigos, família,
chocolate, filmes, andar descalça, ver Chaves mesmo aos 26, comer lasanha de
microondas, estourar os joelhos de tanto pular na pista de dança. Mas a questão
acima vai além se estar. A questão é SER.</div>
<div class="MsoNormal">
Creio que não consiga responder na lata por estar sempre
preocupada com o que não está ajustado em minha vida: é o emprego ideal que não
chega, são os desajustes do coração, é a grana que anda apertada... </div>
<div class="MsoNormal">
Ao mesmo tempo, fico agradecida por ter tudo isso que me faz
estar feliz, mas quero saber responder à pergunta da forma certa. </div>
<div class="MsoNormal">
E você: </div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Você é feliz?</div>
joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-41803549149094384102013-08-04T20:12:00.001-07:002013-08-04T20:14:27.827-07:00Fotografias recortadas<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><i><span style="color: red;"></span></i></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><i><span style="color: red;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX_dGZI3HftJY_kcfDzJkt-hHws8G2ejc-KI8V-CdF1fuvYFxo-aLyoLzKxmBm2RwamXB3f1V3cr26LX0jmTHg6J8TjWtbSZc5WJsYB9jH_ki_w8M8EbL0CcZ_PjJbYPWblq1frZuT5v0/s1600/Foto0013(1).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX_dGZI3HftJY_kcfDzJkt-hHws8G2ejc-KI8V-CdF1fuvYFxo-aLyoLzKxmBm2RwamXB3f1V3cr26LX0jmTHg6J8TjWtbSZc5WJsYB9jH_ki_w8M8EbL0CcZ_PjJbYPWblq1frZuT5v0/s320/Foto0013(1).jpg" width="320" /></a></span></i></span></div>
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><i><span style="color: red;"><i><span style="color: red;">Deveria
estar dormindo, mas o frio não me deixa em paz.
O vento gelado sabe que não o aprecio e por isso mesmo brinca de achar
frestas por entre os cobertores para tocar minha pele, gelar minha espinha e me
inquietar.</span></i></span></i></span><br />
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><i><span style="color: red;"><o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><i><span style="color: red;">Apago
a luz e escuto o silêncio. Automaticamente, minha mente que se manteve quieta o
dia inteiro, começa a disparar mil pensamentos distintos por minuto. A dor na
nuca é quase instantânea. Faço um chá e tento relaxar, filtrando os pensamentos
em pastas.<o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><i><span style="color: red;">Ao
fechar os olhos, começo a fuçar meu arquivo mental e lá encontro um álbum com
centenas de fotos que tirei de nós ao longo do tempo. Há fotos distorcidas no
fundo do baú, mas que ainda guardam o perfume dos primeiros dias cheios de
expectativa e curiosidade. Em meu baú imaginário há imagens de muitas noites
ensolaradas e regadas a boas conversas. É como se as fotos pudessem reproduzir
fragmentos do que foi dito no momento do click. Há ainda compartimentos de
fotos musicais, que te revelam aos meus olhos com versos que vão de Beatles a
Bob Dylan ou de Caetano a Gil, tudo junto e ao mesmo tempo.<o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><i><span style="color: red;">Vejo
fotos de você com os olhos fechados e tenho captado em imagens todos os seus
trejeitos e manias, cada linha de expressão e cada cabelo branco que insiste em
aparecer. <o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><i><span style="color: red;">Fuçando
um pouco mais, encontro muitas imagens de suas mãos nos meus seios, minhas mãos
cravadas em suas costas e de nossas roupas sobrepostas no chão, jogadas ao
longe, na pressa pela busca do prazer. <o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><i><span style="color: red;">Há
fotografias em preto e branco, na luz de sépia, sob a claridade do sol e até
com infravermelho, revelando seu sono.<o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><i><span style="color: red;">Fecho
o baú e abro os olhos sorrindo, chegando a conclusão de que cada momento ali
revisitado faz parte de mim, assim como uma tatuagem que não desgruda da pele e
mesmo se passada pelo laser, deixa marcas. <o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><i><span style="color: red;">Me
pergunto por um instante porque não há fotografias físicas e me questiono
também se no seu álbum há imagens minhas. Mas aí já é uma outra história, para
outra madrugada sem sono... Volto no meu álbum imaginário e escolho nossa
melhor foto, que vai dormir comigo hoje, embaixo de meu travesseiro.<o:p></o:p></span></i></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/GaHJ6A8j3cY" width="420"></iframe>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-48323201161315615372012-09-30T13:37:00.000-07:002012-10-01T20:05:58.040-07:00O Ciúme<i><span style="color: magenta;"><br /></span></i>
<i><span style="color: magenta;"><br /></span></i>
<br />
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilOGrOJt0ty-ISmCTiged95fcn27HzVobjq0zAM8CzNErfp822yPxWuts33Hye3qtNSZ0gjJP1zeEzOXivHmoazpouE44xzvozzoO7Pu-cPrHrCJcv4M_SxYKLNTveCcdl5xiee1poSvU/s1600/captu.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilOGrOJt0ty-ISmCTiged95fcn27HzVobjq0zAM8CzNErfp822yPxWuts33Hye3qtNSZ0gjJP1zeEzOXivHmoazpouE44xzvozzoO7Pu-cPrHrCJcv4M_SxYKLNTveCcdl5xiee1poSvU/s320/captu.jpg" width="320" /></a><i><span style="color: magenta;">É ao som de Caetano Veloso que inicio este post, depois de mais de um mês sem por aqui dar as caras.</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;">Como todos sabem ,adoro me contar. Como escreveu
Drummond - de forma tão bela que sempre penso que é para mim e sobre mim -,
''preciso de todos''. Acontece que nos últimos meses fui tomada por um
sentimento não tão inédito assim, mas que em mim se manifestou como tal em sua intensidade,
o que me tem causado enorme estranheza: O ciúme.</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;">No dicionário, entre outras definições, pode-se dizer que
ciúme é:</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;"> 1. Inquietação mental
causada por suspeita ou receio de rivalidade no amor ou em outra aspiração. </span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;">2. Vigilância ansiosa ou suspeitosa nascida dessa
inquietação. </span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;">3. Ressentimento invejoso contra um rival ou suposto rival
mais eficiente ou mais bem-sucedido, ou contra o possessor de uma vantagem
material ou intelectual cobiçada''.</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;">Dentro de mim não sei se é tão ao pé da letra como o pai dos
burros define. Talvez seja assim, mas de forma mais branda, ou mesmo seja uma
onda indesejável que vai e volta sem querer. O fato é que o danado apareceu em
mim depois de uma intuição que nem sei se era certa, e ao identificá-lo, fiquei muitíssimo envergonhada por senti-lo em mim.</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;">Voltando ao meu querido Caetano Veloso, uma música em
especial é que me fez escrever essas palavras tortas sobre esse sentimento que
não gosto, mas vem me visitar às vezes. A música é justamente ''O ciúme''. Ele
diz em um dos versos da canção que '' O ciúme lançou sua flecha preta e acertou
no meio exato da garganta''. Se eu fosse definir tão estranho sentimento, o faria como Caê fez, pois é exatamente como vejo o ciúme : uma flecha
traiçoeira que nos acerta assim, meio de bobeira.</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;">Uma das palavras que permeiam o ciúme, com certeza é
Tragédia. Digo isso com base em três exemplos da literatura. São eles: </span><span style="color: red;">Otelo</span><span style="color: magenta;">,
que através do ciúme teve seu triste fim nas mãos de Desdêmona; Bentinho, de
</span><span style="color: red;">Dom Casmurro</span><span style="color: magenta;"> e sua Capitu e por último e não menos importante, o ciumento que
mais mexeu comigo, Paulo Honório, do romance </span><span style="color: red;">São Bernardo</span><span style="color: magenta;">, de Graciliano Ramos.
Este último faz com que o ciúme culmine numa solidão devastadora, do tipo que ninguém
deseja.</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: magenta;">O fato é que não gosto nada do ciúme. Há quem o ache até
''engraçadinho''. Para mim é mais uma forma de deixar as coisas nebulosas e
causar neuroses que muitas vezes são desnecessárias. Em outro verso da música,
Caetano diz sobre o ciúme que ''Tanta gente canta, tanta gente cala'‘, e
arremata dizendo que ''Sobre toda estrada, sobre toda sala paira, monstruosa, a
sombra do ciúme. '' É por isso que resolvi escrever sobre ele : Para gritar aos
quatro ventos que eu sou mais do que ele e quando ele teimar em aparecer, o
chutarei para um canto qualquer esquecido e de preferência </span><span style="color: red;">FORA </span><span style="color: magenta;">de mim.</span></i></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/wv8lNrTXB4Q" width="420"></iframe>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-77136904758433681802012-09-02T19:58:00.006-07:002012-09-02T20:10:06.622-07:00Kundera em mim<div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiznziwximhBZ4unXjVFHXKv9tvZptHQX53wcPnI52-1jeJqeJBsxMt7BR-vjOEuB_6AC5E0Nx8Mh_7ntIDmQbL8ZfH-HM6CS2Ea7l9_UiI4Kj8g-kgLUEu9JganTmVNtzC1V1_R8rT9Uo/s1600/teresa.jpg" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiznziwximhBZ4unXjVFHXKv9tvZptHQX53wcPnI52-1jeJqeJBsxMt7BR-vjOEuB_6AC5E0Nx8Mh_7ntIDmQbL8ZfH-HM6CS2Ea7l9_UiI4Kj8g-kgLUEu9JganTmVNtzC1V1_R8rT9Uo/s320/teresa.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5783780269765862194" style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px; " /></a><div><div><span style="font-family:Georgia, serif;color:#ffffff;">“Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo ‘esboço’ não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro.”</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;color:#ff0000;">Milan Kundera</span><span style="font-family:Georgia, serif;color:#cc9933;"> me ronda....</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;color:#cc9933;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;color:#cc9933;">Teresa me ronda. Tomas me ronda. Sabina me ronda.</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;color:#cc9933;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;color:#cc9933;">Esses personagens entraram em minha vida e me fizeram pensar...mudar...refletir...</span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;color:#cc9933;"><br /></span></div><div><span style="font-family:Georgia, serif;color:#cc9933;">Me sinto pesadamente leve e levemente pesada.</span></div></div></div>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-83081362540421274432012-07-13T18:21:00.005-07:002012-07-13T18:42:58.507-07:00Romântico é uma espécie em extinção?<i><span style="color:#009900;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3vggk0NhyphenhyphenNMYQtWso4fxrkLeoFy2ylPQBc8Vbv3eammTARyoh_4jCH0jxD1zh_Mq6E8vwlBaDS69TJ1yKkufAI5TQnwIhCW82kaIennMa72PEfV8-COEW_U_FxLi4pxcgL7uwptCN9aQ/s1600/o_beijo_de_gustav_klimt.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3vggk0NhyphenhyphenNMYQtWso4fxrkLeoFy2ylPQBc8Vbv3eammTARyoh_4jCH0jxD1zh_Mq6E8vwlBaDS69TJ1yKkufAI5TQnwIhCW82kaIennMa72PEfV8-COEW_U_FxLi4pxcgL7uwptCN9aQ/s320/o_beijo_de_gustav_klimt.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5764834083231138546" /></a><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> </span></i><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="color:#009900;">Ontem, em mais uma de minhas inúmeras noites insones, minha amiga </span><span style="color:#990000;">Flávia Oliveira</span><span style="color:#009900;"> me chamou no Facebook e me mostrou um vídeo, pedindo para que eu assistisse e dizendo que eu, como uma das últimas românticas do mundo, iria adorar. Tratava-se de um vídeo feito por um rapaz que foi a uma balada e se encantou por uma menina. Segundo ele, foi ''amor à primeira vista'‘, porém perdeu seu telefone. O vídeo era um apelo para encontrar a tal garota e chama-se ''perdi meu amor na balada''. Como esperado, eu achei muito fofo, e Flávia comentou que muitas pessoas classificaram a atitude do rapaz como ''ridícula''. Fiquei espantada com isso e Flavinha pediu então, que escrevesse a respeito.</span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="color:#009900;">Seu pedido é uma ordem, minha querida!</span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="color:#009900;">Tenho notado que cada vez mais o romantismo que eu tanto admiro e pratico está um tanto quanto escasso.</span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="color:#009900;">Sou admiradora do ultrarromantismo e adoro figuras passionais que colocam o amor acima de tudo e por ele travam uma busca incansável. No fundo, os admiro porque sou assim também: passional até o limite do limite. Reconheço porém, que tudo que é feito e sentido em demasia pode enjoar, como todos dizem. O cerne da questão e deste post é: em tempos como esse que vivemos, onde tudo é muito rápido e instantâneo, aonde foi parar o romantismo, ainda que de forma comedida?</span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="color:#009900;">Sinto que hoje em dia, devido à rapidez com que as coisas se movem, não há mais aquela coisa da </span><span style="color:#cc0000;">CONQUISTA</span><span style="color:#009900;">. Flertar em pleno 2012 muitas vezes se resume a uma cutucada no Facebook ou mesmo algumas cantadas que de tão baratas e sem criatividade, chegam a ser bizarras. Sinto falta de troca de olhares, de nervosismo, expectativa, uma certa timidez e sobretudo ,delicadeza.Saber que algumas pessoas acharam ridícula a atitude do rapaz que fez o vídeo que citei acima é só mais um reflexo de minha opinião: as pessoas ,especialmente os mais jovens,de modo geral não estão mais acostumadas a atitudes assim, dotadas de sensibilidade e de um certo arrebatamento. Sinto falta de ver nas pessoas aquele brilho no olhar e aquela vontade louca de se jogar. Ao que me parece, falta </span><span style="color:#cc0000;">EMPOLGAÇÃO</span><span style="color:#009900;"> e disposição para arriscar. Tudo isso implica para que o romantismo vá diminuindo. Não há mais tanta vontade de se expor. Não há mais cartas de amor. Fernando pessoa diz que cartas de amor e palavras esdrúxulas são naturalmente ridículas. Será que as pessoas estão com medo de parecerem assim? Falta hoje em dia o medo de arriscar quando o que está em jogo é o coração.</span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="color:#009900;">Não quero aqui ser radical demais, nem bancar a romântica irracional, mas acho que realmente falta um quê de ternura e mistério nas relações em tempos tão modernos. Como escreveu Arthur da Távola, há que se ‘’buscar a criança própria e a do amado/a ‘’ e de vez em quando colocar ‘’intenções de quermesse ‘’ em nossos olhos e porque não ‘’beber licor de contos de fadas’’. </span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="color:#009900;">Acredito no amor e na necessidade de emoção. Há sentimentos na vida que não se explicam... Que só se sentem. Fazendo mais uma citação, Gilberto Gil diz que do luar não há nada a dizer a não ser que ‘’a gente </span><span style="color:#990000;">PRECISA</span><span style="color:#009900;"> ver o luar’’. É isso! Para bons entendedores, uma bela citação basta!</span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="color:#009900;"><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Let’s Love! </span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="color:#009900;">Sejamos Românticos !</span></i></p> <p class="MsoNormal" style="font-style: normal; text-align: justify; "> </p> <p class="MsoNormal" style="font-style: normal; text-align: justify; "> </p> <br /><iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/qhSrmV-YDO8" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-65729501843581614272012-05-09T21:09:00.004-07:002012-05-09T21:29:13.014-07:00Não é fácil...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFJjjjzyxIZloPWZSmKajeIFdv2Cw3x58DbtT8oHZ1erJ2kAPHaJArni3FPDhGCq9L15Ncelj-LEtmOGmJh8VYDMcjeKNsh_cbtTJmq764wSAeviJCEkQG_7o3oy7Q6cPuo35rsLfEj4w/s1600/confiar.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFJjjjzyxIZloPWZSmKajeIFdv2Cw3x58DbtT8oHZ1erJ2kAPHaJArni3FPDhGCq9L15Ncelj-LEtmOGmJh8VYDMcjeKNsh_cbtTJmq764wSAeviJCEkQG_7o3oy7Q6cPuo35rsLfEj4w/s320/confiar.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5740756982440030674" /></a><br /><div style="color: rgb(0, 204, 204);"><i><span>Difícil é se calar quando o corpo todo grita e </span></i></div><div style="color: rgb(0, 204, 204);"><i><span>tentar se conter com o corpo em chamas e o coração desaguando.</span></i></div><div style="color: rgb(0, 204, 204);"><i><span>Difícil é estar consciente da verdade e se manter no estado de torpor.</span></i></div><div style="color: rgb(0, 204, 204);"><i><span>Difícil é postergar por medo e retardar por esperança de que tudo se ajeite.</span></i></div><div style="color: rgb(0, 204, 204);"><i><span>Difícil é saber as respostas das perguntas,</span></i></div><div style="color: rgb(0, 204, 204);"><i><span>é ver a solução a um palmo de distância e recuar.</span></i></div><div style="color: rgb(0, 204, 204);"><i><span>Difícil é o medo do silêncio das palavras, e da fúria que mora na quietude.</span></i></div><div style="color: rgb(0, 204, 204);"><i><span>Difícil é o dia seguinte, é o ter de se aturar,</span></i></div><div style="color: rgb(0, 204, 204);"><i><span>é saber-se claramente a par da situação,</span></i></div><div style="color: rgb(0, 204, 204);"><i><span>é andar na corda bamba sem rede para proteger.</span></i></div><div style="color: rgb(0, 204, 204);"><i><span>Difícil é querer irrigar terra seca com a ilusão do florescer.</span></i></div><br /><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/k6sQOE_X9yI" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" width="420"></iframe>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4710001060354692973.post-4164999785885727472012-04-27T20:49:00.002-07:002012-04-27T20:52:47.580-07:00Experiências Kafkianas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwqVDPkpFIzoCbsqXxconp7TaZWkZPXZ45XY6jC0P7_opkH144BWDvTtj4ufpnquiPbp7h4jIY2_ram850jdrBE9mIg6i8DBnajOMHW1o9WIWKir-vKPUGOMw6mQQVtjTBahogMLH4R78/s1600/35514_414560238573581_100000588263675_1420666_467586990_n.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 274px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwqVDPkpFIzoCbsqXxconp7TaZWkZPXZ45XY6jC0P7_opkH144BWDvTtj4ufpnquiPbp7h4jIY2_ram850jdrBE9mIg6i8DBnajOMHW1o9WIWKir-vKPUGOMw6mQQVtjTBahogMLH4R78/s320/35514_414560238573581_100000588263675_1420666_467586990_n.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5736294503981682226" border="0" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAFTR_Bvruinm4vKhlW3-3UHP0NGK6Bz0mrBDysU9R-17DAWYe7AG3X-mMDXvBkHMQtSsqkI4iuHyWuXdJvTUOPB8X-W8TWplhROckwH4ePk5qTjmzkVudgrviYhQl-25lb-JAL76Efps/s1600/534941_421297031233235_100000588263675_1434454_1560589980_n.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAFTR_Bvruinm4vKhlW3-3UHP0NGK6Bz0mrBDysU9R-17DAWYe7AG3X-mMDXvBkHMQtSsqkI4iuHyWuXdJvTUOPB8X-W8TWplhROckwH4ePk5qTjmzkVudgrviYhQl-25lb-JAL76Efps/s320/534941_421297031233235_100000588263675_1434454_1560589980_n.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5736294511531682274" border="0" /></a><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p style="font-style: italic; color: rgb(0, 153, 0);" class="MsoNormal">Como todos sabem, eu adoro leitura . Resolvi, nas últimas, fazer algo inédito: ler dois livros seguidos de um mesmo autor. O escolhido foi <span style="color: rgb(204, 0, 0);">Franz Kafka</span>.</p> <p style="font-style: italic; color: rgb(0, 153, 0);" class="MsoNormal">Decidi começar pela leitura de<span style="color: rgb(204, 0, 0);"> Carta ao Pai</span>, pois havia comprado o livro há um bom tempo, mas não tive ânimo para ler. Acredito que tenha acertado em cheio ao escolher este título para inaugurar minha experiência Kafkiana, pois pelo que eu pesquisei e principalmente pelo que senti a conturbada relação de Kafka com seu pai é ponto crucial em sua obra.</p> <p style="font-style: italic; color: rgb(0, 153, 0);" class="MsoNormal">A ''Carta'' foi escrita em 1919. Kafka tinha o intento de entregá-la ao pai, coisa que não aconteceu. Aqui, o que salta aos olhos, além, obviamente, da relação pai-filho, é o brilhantismo com o qual Kafka escreve: o aspecto literário desta ''simples carta '' é surpreendente. Quando li, além de enxergar aspectos de minha própria relação com meu pai, também me perguntei o que habitava a mente e o coração de Kafka.</p> <p style="font-style: italic; color: rgb(0, 153, 0);" class="MsoNormal">Resolvi então, passar a vez à <span style="color: rgb(204, 0, 0);">Metamorfose.</span></p> <p style="font-style: italic; color: rgb(0, 153, 0);" class="MsoNormal">O livro já inicia com a emblemática e arrebatadora frase: '' Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso. '' A metamorfose na verdade ultrapassa os limites da mudança física da personagem principal. Tanto o seu cotidiano quanto o de sua família são alterados radicalmente.</p> <p style="font-style: italic; color: rgb(0, 153, 0);" class="MsoNormal">Acredito que para um livro há várias interpretações, que ficam sempre a cargo da percepção de cada leitor. No meu caso, senti enorme perturbação com a questão da mudança. Achei cruel a forma com que Kafka descreve a dor de Gregor, algo que ousaria chamar de '' verdadeiro encontro com a solidão do ser '' . A surpreendente reação gradativa de sua família em relação à mudança também me assustou. Me fez pensar até que ponto estamos preparados e abertos para o que é novo e desconhecido. Será que cada um de nós sabe o quão forte para enfrentar obstáculos somos? Será que somos capazes de enxergar também o nosso lado cruel?</p> <p style="font-style: italic; color: rgb(0, 153, 0);" class="MsoNormal">Os vários aspectos das leituras que fiz tanto de Carta ao pai e principalmente de A metamorfose, são perfeitamente contemporâneos, e justamente isso é o que me chamou atenção na leitura de Kafka. É algo com o qual é impossível passar ileso sem ser tocado de algum modo. Seja para o bem ou seja para o mal.</p> <p style="font-style: italic; color: rgb(0, 153, 0);" class="MsoNormal"> </p> <p style="font-style: italic; color: rgb(0, 153, 0);" class="MsoNormal">Recomendo fortemente a leitura, meus caros.</p> <p style="font-style: italic; color: rgb(0, 153, 0);" class="MsoNormal"> </p> <p style="font-style: italic; color: rgb(0, 153, 0);" class="MsoNormal">Beijos da <span style="color: rgb(0, 204, 204);">Pretah ♥</span></p>joyce Pretahhttp://www.blogger.com/profile/09505348499130619657noreply@blogger.com2