Estou mais uma vez lendo meu poeta de cabeceira,Carlos Drummond de Andrade,que escreve com aquela simplicidade de todo bom mineiro...uma simplicidade que arrebata aqueles que conseguem sentir o impácto de sua poesia. Enquanto a inspiração teima em não me valer,deixo vocês com dois poemas do maravilhoso livro Corpo,que estou revisitando esses dias. Ah,pro pessoal de SAMPA,tenho uma ótima dica : A mostra SHOÁ- reflxões por um mundo mais tolerante está até o dia 04/07/10 no sesc pompéia^^ Exposição sobre o Holocausto judaico, ocorrido na Segunda Guerra Mundial sob o regime nazista de Adolf Hitler, que conta com recursos audiovisuais interativos para apresentar acontecimentos históricos relacionados ao tema e abordar questões como coexistência e direitos humanos. Eu vi e recomendo muitíssimo^^ Informações no http://www.sescsp.org.br/sesc/
HORA DO CANSAÇO
As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.Do sonho de eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.
Tão imperfeitas, nossas maneiras de amar. Quando alcançaremos o limite, o ápice de perfeição, que é nunca mais morrer, nunca mais viver duas vidas em uma, e só o amor governe todo além, todo fora de nós mesmos? O absoluto amor, revel à condição de carne e alma.
11 comentários:
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.
Super verdade...
Gosto de Drummond meu conterraneo e gosto de vc tbm tudona sempre que leio os posts me lembro de algo e me sinto estranho.. hahaha (mas estranho no bom sentido tipo de relembrar o passado sei lah..)
Beijos!!
Oi Joo!
Faz tempo que não visito aqui, né?
Abandono meu blog e esqueço do blog das pessoas! rs
Primeiro quero te dizer queestá sendo muito bom conversar contigo e dividir essas experiências :)
E segundo, força pra nós que a gente merece o melhor!
Lindo o poema e a dica, super bacana, eu adorooo a história de Hitler!
beeeijos
Adoro Drummond e amo o poema A hora do cansaço. Excelente escolha. Acho muito importante pensarmos sobre as catástrofes da história para não a retualizarmos. Nesse sentido sua dica sobre a exposição da Shoah é muito interessante.
Gosto muito do Drummond e sempre admirei seus poemas. Grande escolha minha linda.
Amor na eternidade é amor que fica de verdade. AMOR ultimo sentido o ápice dos sentimentos adquiridos. Eernamente se põe no calor como o sol tênue das manhãs quão compreensível, divisível e se pode transpor. Eterno quando nunca se desmancha, como água se eleva em vapor pelo calor que se emana...
Bjs mocinha
excelente postagem
Livinha
Carlos Drummond de Andrade e Mário Quintama são os meus preferidos.
Mais um show de postagem melhor do que lazanha! Beijo moça
Olá querida Joyce,
Carlos Drummond Andrade é um imenso poeta, dos meus preferidos.
Muito bom o seu poema, A Hora do Cansaço, que pode aplicar-se a ti e essa falta de inspiração? Olha à tua volta com olhos de ver, que a inspiração volta!...
Beijinhos querida amiga, gosto muito de ti.
Manuela
Joyce querida!
A exemplo do Tossan, Drummond e Quintana são meus preferidos também. Com este último tive o privilégio de passar uma tarde, a qual relatei no meu último post.
Por coincidência, estou relendo Drummond. Comecei nesta semana, e dá vontade de não parar nunca..rsrs
Um beijo grande!
“O beijo ainda é um sinal, perdido embora,
da ausência de comércio,
boiando em tempos sujos.”
[Drummond]
OBs: pode pegar o poema que quiser, levá-lo para onde quiser =) Como disse antes: 'sintaXe' à vontade nas entrelínguas ;) Bjão!
com ceteza ele é marcante, é uma ótima escolha sua para ser postada, rs
Joyce,
Magnífico post!!! DRUMMOND é sempre ETERNO...
Andei sumida, pois estava trabalhando este outro blog. Espero que goste. Depois vai lá me visitar.
Beijos!
Lou Albergaria
Postar um comentário