Penso no ideal de amor como um livro vazio.
Para a história ser escrita, é preciso quatro mãos, pois um amor ideal não se
resume em poucos capítulos, e apenas duas mãos não dão conta de fazer tudo acontecer. Os autores podem ter estilos diferentes, mas ainda
assim, devem chegar a um denominador comum em prol da história a ser contada. É
preciso disposição, paciência, tolerância e um bocado de paixão para fazer a
história acontecer. Uma dose de bom humor, outra de romantismo e ouvidos sempre prontos a escutar também ajudam. É preciso capítulos quentes mesclados com outros, nem sempre tão
contentes, afinal o amor de verdade não é sempre cor de rosa. Alguns parágrafos podem ser bem justificados, e outros, subjetivos, mas sempre
retratando o cotidiano e as vivências, que são os verdadeiros combustíveis para
a história acontecer.
Penso no meu ideal de amor assim como
Gilberto Gil, que fez para sua mulher, esta que é uma das músicas mais lindas
músicas de amor que eu já vi :
É a sua vida que eu quero bordar na minha
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O zig-zag do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa, da paixão
A sua vida o meu caminho, nosso amor
Você a linha e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado
A casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza.
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O zig-zag do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa, da paixão
A sua vida o meu caminho, nosso amor
Você a linha e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado
A casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza.
4 comentários:
Oi Joyce! Bonito seu texto. O amor é assim... como a gente pensa e pode acontecer. Bjs
Já tive um ideal de amor, o tempo me convenceu de que ele era um tanto utópico, hoje prefiro idealizar menos. Concordo com o seu ponto de vista, talvez o amor ideal seja aquele que traga consigo a disposição de escrever a história a quatro mãos, apesar dos estilos, ritmos e intenções serem na maioria das vezes diferentes e até mesmo divergentes...
O ideal é o Amor próprio!
Não há ideal...O amor,acontece dia a dia...Vinte anos nessa brincadeira!Beijo meu anjo!!
Georgia
Postar um comentário