domingo, 20 de novembro de 2011

Por dentro da Pele de Almodóvar



O ano de 2011 está chegando ao fim, e sempre que um ano termina eu logo faço minha retrospectiva mental em forma de listas sobre o meu universo: as músicas que mais mexeram comigo, as exposições mais bacanas que assisti e por fim, os filmes que mais me emocionaram.

Esta última lista devo confessar, é a minha favorita e devo dizer que a disputa pelo primeiro lugar estava concentrada entre o adorável Meia noite em Paris, de Woody Allen e o desconcertante Árvore da Vida, de Terrence Malick quando de repente estreou aquele que tomou seu lugar no topo de minha lista e com louvor: A pele que habito, de Pedro Almodóvar.

Fui ao cinema sozinha numa tarde de sábado ensolarada, cheia de curiosidade de conferir se Almodóvar manteria a tradição de me impressionar e nunca me decepcionar com seus filmes, e fiquei muito contente em ver que além de Almodóvar voltar em seu melhor estilo, retornou com Antonio Banderas no elenco, com quem não trabalhava desde 1990 em Ata-me.

Em A PELE QUE HABITO, vemos tudo que é característico no cinema de Pedro Almodóvar: suas cores gritantes, personagens com traumas que se revelam no decorrer do filme e a presença feminina imponente, sexy... sexual.

A história gira em torno de Robert, personagem de Banderas, um reconhecido cirurgião plástico que mantém a belíssima Vera (Elena Anaya) como refém e está fazendo experimentos a fim de criar uma pele mais resistente que a humana. Até aí, podemos até classificar o filme como ficção científica ou suspense... Houve até quem o classificasse como terror. Mas essa é apenas a capa,o que vemos na superfície. No decorrer da história, há o entendimento para o comportamento de Robert, e através de flashbacks no meio do filme, A pele que habito começa a se revelar aos nossos olhos. Já com o segredo revelado, o filme torna-se mais e mais interessante a começar pelo título, que começa a fazer pleno sentido.

A trilha sonora de muito bom gosto é de Alberto Iglesias e também é parte fundamental do filme.

A pele que habito é um filme bizarramente inteligente, exagerado e desconcertante, que merece ser degustado com toda a paixão possível. De todas as classificações possíveis para esse filme, a melhor a se fazer é ‘’UM FILME DE ALMODÓVAR’’.


6 comentários:

J. BRUNO disse...

Não estou me contendo de curiosidade de assisti-lo Joyce, o complicado é quando se mora no interior esperar ver um filme como este no cinema é quase uma utopia... acho que não vou resistir e vou acabar me cedendo ao download rsrsrrs. Parabéns pelo blog e pela resenha! Estarei lhe seguindo. Bjsss
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http://sublimeirrealidade.blogspot.com/2011/11/submarine.html

Unknown disse...

Joyce, certamente um dos melhores filmes desse ano. Almodóvar cria uma obra maravilhosa, com certo lirismo, mesclado a um clima especial de suspense. Um filme notavel de um diretor com pleno dominio de sua arte. Pena de quem não gosta!

Anônimo disse...

estava em dúvida se assistia este filme ou não...mas pelos seus comentários parece q vale mesmo a pena...muito bom!

Unknown disse...

Olá Joyce,

Puxa vida, bom te rever...
Percebo mudanças, além das retrospectivas, novas roupas, nova
vida, crescentes de bem querer...

Brigadú menina por não me esquecer, o teu abrir das cortinas,
me trás de volta a você...

Saudadesassssss

Beijos

Livinha

D.Ramírez disse...

Preciso ver, pq tbm curto os trabalhos de Almodóvar.
E uma critica como vc, Joy, a curiosidade aumentou.rs
Besos

Cecília disse...

Agora eu quero veeeeer! haha