sexta-feira, 25 de junho de 2010

1 ano sem Michael Jackson




Há um ano eu postei a respeito da morte de Michael ...Hoje,um ano após sua perda,eu poderia repetir tudo que disse....e vou fazê-lo porque me sinto tranquila em homenageá-lo,uma vez que sempre fui sua fã,e sempre o valorizei enquanto artista..muito além de sua vida cheia de excentricidades.
O que disse há um ano atrás e repito,é que Michael será sempre o rei porque revolucionou o mundo pop,ultrapassou as barreiras do black and white fazendo sua arte ecoar para todos,com igualdade.

Foi Michael quem revolucionou o modo de fazer videoclips,que trouxe John Landis,Scorcese e Spike Lee para a música,dirigindo clips sensacionais.Ganhador de mais de 20 grammys,foi Michael quem vendeu mais de 100 milhões de discos....o único com este marco que não será batido jamais,ainda mais em tempos de internet.....

Ele criou obras-primas como Off the wall,Dangerous,Invincible ,Bad,e a obra suprema Thriller,sensacional álbum,com 7 singles e primeiro lugar nas paradas.

Sem contar que era um exímio dançarino ,cantor e compositor....um artista completo.....

Hoje eu não poderia não lembrar que faz um ano que ele nos deixou....Mas continuo convicta de que sua obra é inigualável,e isso faz dele um rei...Seu carisma,talento e inocência...

Sua obra é imortal,e com sua morte ele se tornou um mito....

Espero que ele continue em paz em sua Neverland.....


Para fechar a postagem,deixo para vocês dois momentos de Michael,dois momentos dos que eu mais gosto,e que de alguma forma me marcam muito...espero que gostem,e que celebrem sempre este grande artista....

VIVA O REI!!







segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pensamentos Claricianos....


Ando calada essses últimos dias.....de novo sem inspiração para escrever....Aliás!tenho um mundo de ideias dentro de mim,prontas para serem expostas....mas acho que ainda não chegou a hora delas serem postas no papel....
Quando fico calada assim,gosto de ler e absorver alguns pensamentos para mim....e entre as coisas que estou lendo,o que mais vem de encontro a mim e de maneira bem louca é a Clarice Lispector,e eu explico o porque de ''maneira louca'':É que Clarice é para mim ao mesmo tempo uma incógnita e um livro aberto....tudo junto e misturado.
Gosto muito de sua visceralidade,da forma despretensiosa com que escreve...Clarice disse em uma entrevista : '

‘’Eu sou uma amadora e faço questão de continuar sendo amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então com outro, em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter a minha liberdade.''

Acho isso bárbaro...a relação que ela tinha com as palavras,o mistério que ela era pra ela mesma...isso me enlouquece,porque eu sou como ela...tenho muito disso...essa impulsividade,esse mistério.Minha relação com Clarice é bem estranha,digamos assim....Por que ao mesmo tempo que me sinto muito íntima dela,as vezes não a entendo,nem a quero ver/ler.

Esses dias venho me sentindo muito próxima a ela,acho que pela nossa fome de pertencer....E afinal,como ela mesma disse ‘’pertencer é viver’’....

E ler Clarice me ajuda na minha busca ao ‘’pertencer’’....enche-me de dúvidas e ao mesmo tempo me abraça e acolhe......

Deixo vocês com alguns fragmentos de Clarice,alguns fragmentos que se misturam em mim....e ao final,a diva Bethania,citando também um trecho desta maravilhosa e amadora (no melhor sentido da palavra) escritora.


''“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.''



“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”.



''Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós''


''Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta, continuarei a escrever. (...) Pensar é um ato. Sentir é um fato.''


''O que me tranqüiliza é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.''








quarta-feira, 16 de junho de 2010

As pontes de Madison



Sou uma pessoa sensível demais,me emociono até em comercial de manteiga (literalmente).....e com filmes românticos não seria diferente.
Ontem eu revisitei um de meus filmes preferidos do gênero,e como eu estou emocionada até agora,e também aproveitando o dia dos namorados que passou dia 12,quero recomendá-lo para vocês que me leem....

Trata-se de um filme de 1995,dirigido lindamente pelo Clint Eastwood,chamado AS PONTES DE MADISON.
A história gira em torno de Francesca ,(interpretada BRILHANTEMENTE pela diva Meryl Streep), uma típica dona de casa que mora em uma fazenda no Iowa....com um casamento longo,rotineiro e dois filhos adolescentes.Durante uma viagem de quatro dias que sua família faz,ela conhece o fotógrafo da Nacional Geografic Robert Kincaid,(interpretado também de forma bela pelo diretor,Clint Eastwood)que está no Iowa para fotografar as pontes que dão nome ao filme.Durante esses quatro dias,Francesca e Robert vivem um amor que os toma de assalto e que acontece poucas vezes na vida.
A história é contada em flashbacks,a partir da morte de Francesca,quando os filhos descobrem que seu último desejo é ser cremada e que suas cinzas sejam jogadas em uma das pontes de Madison.Eles descobrem o diário de Francesca,onde é contada toda a história,de forma que os filhos,através da história secreta de amor da mãe,revejam suas próprias vidas,seus relacionamentos.
Pode até parecer mais uma entre tantas histórias de amor do cinema,mas este filme tem um encanto que derrete qualquer coração.....Além de uma bela história,há belíssimas paisagens,uma trilha sonora impecável,recheada de jazz e blues,uma trilha sonora eficiente e tão importante quanto os protagonistas.Tudo isso não seria completo,repito,sem a magnífica interpretação de Meryl,que soube trazer toda a conformidade da vida rotineira de Francesca,juntamente com sua capacidade de sonhar e também uma sensualidade contagiante,e a direção de Clint,feita de uma forma muito,mas muito sensível,de modo que fica difícil não se emocionar ao menos uma vez.
Um filme sobre amor...simplesmente amor....e escolhas também.

Eu recomendo muito!

Abaixo,deixo vocês com o trailler do filme e também com uma das canções da trilha sonora,desta vez cantada pelo igualmente maravilhoso Nat King Cole,chamada ''for all we know''.

Logo volto^^ beijos para todos^^


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Elisa Lucinda +Chico Buarque =bebida quente para uma sexta-feira fria.....


Hoje deixo vcs com a poesia da maravilhosa Elisa Lucinda,uma surpresa em minha vida..(Poesia que me tomou por inteiro) e com a música de Chico Buarque,que sempre fala por mim. Espero que gostem....logo mais eu volto..(com mais humor e inspiração....) bjs meus queridos^^

Da chegada do amor

Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.
Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.

Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.

Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.
Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.
Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.
Sempre quis uma amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.
Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.
Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.
Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.
Sem senãos.
Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.
Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.
Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.
Sempre quis um amor não omisso
e que sua estórias me contasse.
Ah, eu sempre quis um amor que amasse.

Elisa lucinda




O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta os olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida nem nunca terá
O que não tem remédio nem nunca terá
O que não tem receita...

O que será que será,
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso nem nunca terá
O que não tem cansaço nem nunca terá,
O que não tem limite...

O que será que me dá, Que me queima por dentro,
será que me dá
Que me perturba o sono,
será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha nem nunca terá

O que não tem governo nem nunca terá,

O que não tem juízo...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Certas canções me chegam como se fosse o amor.....


Sábado passado,em meio a mais uma madrugada de insônia,liguei a tv no altas horas e Milton Nascimento estava lá.Antes de cantar sua primeira canção ele fez uma breve explicação sobre ela,que me emocionou bastante,e que me fez admirar sua luz e sensibilidade ainda mais.
Milton disse que,uma vez estava em sua casa,perto do piano e lá estava Stevie Wonder a cantar com Paul McCartney a música Ebony and Ivory.E ouvindo versos como ''Ebony and ivory live together in perfect harmony Side by side on my piano keyboard, oh lord, why don't we?'' (ébano e marfim convivem juntos em perfeita harmonia no teclado do meu piano,então porque não nós??),ele pensou ''meu Deus,mas que coisa óbvia,porque eu não pensei nisso primeiro que ele?!''.
Depois disso,Tunai (cantor e compositor mineiro) lhe enviou uma música,na qual Milton escreveu sobre isso. Quando ele começou a cantar a canção,as lágrimas me correram o rosto,porque eu tenho uma ligação muito forte com Milton,com aquela canção.E resolvi trazer esta história para o blog justamente por causa desta emoção tão verdadeira....Quem é que não tem uma música que fale alto dentro de si?DUVIDO....
E Milton é dono de uma voz extraordinária,que embala minha vida desde o berço,dos momentos felizes aos tristes...e que neste momento em especial,tenho ouvido BASTANTE.
Deixo vocês com a música em questão (atentem para a linda letra).....
ps>>>Lembrando que segue a votação do top blog^^ .....

Logo volto queridos^^


Certas canções que ouço
Cabem tão dentro de mim
Que perguntar carece:
"Como não fui eu que fiz?!"
Certa emoção me alcança
Corta-me a alma sem dor
Certas canções me chegam, ôô
Como se fosse o amor
Contos da água e do fogo
Cacos de vida no chão
Cartas do sonho do povo
E o coração do cantor
Vida e mais vida ou ferida,
Chuva, outono ou mar,
Carvão e giz, abrigo,
Gesto molhado no olhar
Calor, que invade, arde, queima
Encoraja, amor
Que invade, arde, carece de cantar
Calor Que invade, arde, queima
Enconraja, amor
Que invade, arde, carece de cantar...