Há um ano eu postei a respeito da morte de Michael ...Hoje,um ano após sua perda,eu poderia repetir tudo que disse....e vou fazê-lo porque me sinto tranquila em homenageá-lo,uma vez que sempre fui sua fã,e sempre o valorizei enquanto artista..muito além de sua vida cheia de excentricidades. O que disse há um ano atrás e repito,é que Michael será sempre o rei porque revolucionou o mundo pop,ultrapassou as barreiras do black and white fazendo sua arte ecoar para todos,com igualdade.
Foi Michael quemrevolucionou o modo de fazer videoclips,que trouxe John Landis,Scorcese e Spike Lee para a música,dirigindo clips sensacionais.Ganhador de mais de 20 grammys,foi Michael quem vendeu mais de 100 milhões de discos....o único com este marco que não será batido jamais,ainda mais em tempos de internet.....
Ele criou obras-primas como Off the wall,Dangerous,Invincible ,Bad,e a obra suprema Thriller,sensacional álbum,com 7 singles e primeiro lugar nas paradas.
Sem contar que era um exímio dançarino ,cantor e compositor....um artista completo.....
Hoje eu não poderia não lembrar que faz um ano que ele nos deixou....Mas continuo convicta de que sua obra é inigualável,e isso faz dele um rei...Seu carisma,talento e inocência...
Sua obra é imortal,e com sua morte ele se tornou um mito....
Espero que ele continue em paz em sua Neverland.....
Para fechar a postagem,deixo para vocês dois momentos de Michael,dois momentos dos que eu mais gosto,e que de alguma forma me marcam muito...espero que gostem,e que celebrem sempre este grande artista....
Acho isso bárbaro...a relação que ela tinha com as palavras,o mistério que ela era pra ela mesma...isso me enlouquece,porque eu sou como ela...tenho muito disso...essa impulsividade,esse mistério.Minha relação com Clariceé bem estranha,digamos assim....Por que ao mesmo tempo que me sinto muito íntima dela,as vezes não a entendo,nem a quero ver/ler.
Esses dias venho me sentindo muito próxima a ela,acho que pela nossa fome de pertencer....E afinal,como ela mesma disse ‘’pertencer é viver’’....
E ler Clarice me ajuda na minha busca ao ‘’pertencer’’....enche-me de dúvidas e ao mesmo tempo me abraça e acolhe......
Deixo vocês com alguns fragmentos de Clarice,alguns fragmentos que se misturam em mim....e ao final,a diva Bethania,citando também um trecho desta maravilhosa e amadora (no melhor sentido da palavra) escritora.
''“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.''
“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”.
''Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós''
''Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta, continuarei a escrever. (...) Pensar é um ato. Sentir é um fato.''
''O que me tranqüiliza é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.''
Sou uma pessoa sensível demais,me emociono até em comercial de manteiga (literalmente).....e com filmes românticos não seria diferente. Ontem eu revisitei um de meus filmes preferidos do gênero,e como eu estou emocionada até agora,e também aproveitando o dia dos namorados que passou dia 12,quero recomendá-lo para vocês que me leem....
Trata-se de um filme de 1995,dirigido lindamente pelo Clint Eastwood,chamado AS PONTES DE MADISON. A história gira em torno de Francesca ,(interpretada BRILHANTEMENTE pela diva Meryl Streep), uma típica dona de casa que mora em uma fazenda no Iowa....com um casamento longo,rotineiro e dois filhos adolescentes.Durante uma viagem de quatro dias que sua família faz,ela conhece o fotógrafo da Nacional Geografic Robert Kincaid,(interpretado também de forma bela pelo diretor,Clint Eastwood)que está no Iowa para fotografar as pontes que dão nome ao filme.Durante esses quatro dias,Francesca e Robert vivem um amor que os toma de assalto e que acontece poucas vezes na vida. A história é contada em flashbacks,a partir da morte de Francesca,quando os filhos descobrem que seu último desejo é ser cremada e que suas cinzas sejam jogadas em uma das pontes de Madison.Eles descobrem o diário de Francesca,onde é contada toda a história,de forma que os filhos,através da história secreta de amor da mãe,revejam suas próprias vidas,seus relacionamentos. Pode até parecer mais uma entre tantas histórias de amor do cinema,mas este filme tem um encanto que derrete qualquer coração.....Além de uma bela história,há belíssimas paisagens,uma trilha sonora impecável,recheada de jazz e blues,uma trilha sonora eficiente e tão importante quanto os protagonistas.Tudo isso não seria completo,repito,sem a magnífica interpretação de Meryl,que soube trazer toda a conformidade da vida rotineira de Francesca,juntamente com sua capacidade de sonhar e também uma sensualidade contagiante,e a direção de Clint,feita de uma forma muito,mas muito sensível,de modo que fica difícil não se emocionar ao menos uma vez. Um filme sobre amor...simplesmente amor....e escolhas também.
Eu recomendo muito!
Abaixo,deixo vocês com o trailler do filme e também com uma das canções da trilha sonora,desta vez cantada pelo igualmente maravilhoso Nat King Cole,chamada ''for all we know''.
Hoje deixo vcs com a poesia da maravilhosa Elisa Lucinda,uma surpresa em minha vida..(Poesia que me tomou por inteiro) e com a música de Chico Buarque,que sempre fala por mim.Espero que gostem....logo mais eu volto..(com mais humor e inspiração....) bjs meus queridos^^
Da chegada do amor
Sempre quis um amor que falasse que soubesse o que sentisse. Sempre quis uma amor que elaborasse Que quando dormisse ressonasse confiança no sopro do sono e trouxesse beijo no clarão da amanhecice.
Sempre quis um amor que coubesse no que me disse. Sempre quis uma meninice entre menino e senhor uma cachorrice onde tanto pudesse a sem-vergonhice do macho quanto a sabedoria do sabedor.
Sempre quis um amor cujo BOM DIA! morasse na eternidade de encadear os tempos: passado presente futuro coisa da mesma embocadura sabor da mesma golada. Sempre quis um amor de goleadas cuja rede complexa do pano de fundo dos seres não assustasse. Sempre quis um amor que não se incomodasse quando a poesia da cama me levasse. Sempre quis uma amor que não se chateasse diante das diferenças.
Agora, diante da encomenda metade de mim rasga afoita o embrulho e a outra metade é o futuro de saber o segredo que enrola o laço, é observar o desenho do invólucro e compará-lo com a calma da alma o seu conteúdo. Contudo sempre quis um amor que me coubesse futuro e me alternasse em menina e adulto que ora eu fosse o fácil, o sério e ora um doce mistério que ora eu fosse medo-asneira e ora eu fosse brincadeira ultra-sonografia do furor, sempre quis um amor que sem tensa-corrida-de ocorresse. Sempre quis um amor que acontecesse sem esforço sem medo da inspiração por ele acabar. Sempre quis um amor de abafar, (não o caso) mas cuja demora de ocaso estivesse imensamente nas nossas mãos. Sem senãos. Sempre quis um amor com definição de quero sem o lero-lero da falsa sedução. Eu sempre disse não à constituição dos séculos que diz que o "garantido" amor é a sua negação. Sempre quis um amor que gozasse e que pouco antes de chegar a esse céu se anunciasse.
Sempre quis um amor que vivesse a felicidade sem reclamar dela ou disso. Sempre quis um amor não omisso e que sua estórias me contasse. Ah, eu sempre quis um amor que amasse.
Elisa lucinda
O que será que me dá Que me bole por dentro, será que me dá Que brota à flor da pele, será que me dá E que me sobe às faces e me faz corar E que me salta os olhos a me atraiçoar E que me aperta o peito e me faz confessar O que não tem mais jeito de dissimular E que nem é direito ninguém recusar E que me faz mendigo, me faz suplicar O que não tem medida nem nunca terá O que não tem remédio nem nunca terá O que não tem receita...
O que será que será, Que dá dentro da gente e que não devia Que desacata a gente, que é revelia Que é feito uma aguardente que não sacia Que é feito estar doente de uma folia Que nem dez mandamentos vão conciliar Nem todos os ungüentos vão aliviar Nem todos os quebrantos, toda alquimia Que nem todos os santos, será que será O que não tem descanso nem nunca terá O que não tem cansaço nem nunca terá, O que não tem limite...
O que será que me dá, Que me queima por dentro, será que me dá Que me perturba o sono, será que me dá Que todos os tremores me vêm agitar Que todos os ardores me vêm atiçar Que todos os suores me vêm encharcar Que todos os meus nervos estão a rogar Que todos os meus órgãos estão a clamar E uma aflição medonha me faz implorar O que não tem vergonha nem nunca terá O que não tem governo nem nunca terá, O que não tem juízo...
Sábado passado,em meio a mais uma madrugada de insônia,liguei a tv no altas horas e Milton Nascimento estava lá.Antes de cantar sua primeira canção ele fez uma breve explicação sobre ela,que me emocionou bastante,e que me fez admirar sua luz e sensibilidade ainda mais. Milton disse que,uma vez estava em sua casa,perto do piano e lá estava Stevie Wonder a cantar com Paul McCartney a música Ebony and Ivory.E ouvindo versos como ''Ebony and ivory live together in perfect harmony Side by side on my piano keyboard, oh lord, why don't we?'' (ébano e marfim convivem juntos em perfeita harmonia no teclado do meu piano,então porque não nós??),ele pensou ''meu Deus,mas que coisa óbvia,porque eu não pensei nisso primeiro que ele?!''. Depois disso,Tunai (cantor e compositor mineiro) lhe enviou uma música,na qual Milton escreveu sobre isso. Quando ele começou a cantar a canção,as lágrimas me correram o rosto,porque eu tenho uma ligação muito forte com Milton,com aquela canção.E resolvi trazer esta história para o blog justamente por causa desta emoção tão verdadeira....Quem é que não tem uma música que fale alto dentro de si?DUVIDO.... E Milton é dono de uma voz extraordinária,que embala minha vida desde o berço,dos momentos felizes aos tristes...e que neste momento em especial,tenho ouvido BASTANTE. Deixo vocês com a música em questão (atentem para a linda letra)..... ps>>>Lembrando que segue a votação do top blog^^ .....
Logo volto queridos^^
Certas canções que ouço Cabem tão dentro de mim Que perguntar carece: "Como não fui eu que fiz?!" Certa emoção me alcança Corta-me a alma sem dor Certas canções me chegam, ôô Como se fosse o amor Contos da água e do fogo Cacos de vida no chão Cartas do sonho do povo E o coração do cantor Vida e mais vida ou ferida, Chuva, outono ou mar, Carvão e giz, abrigo, Gesto molhado no olhar Calor, que invade, arde, queima Encoraja, amor Que invade, arde, carece de cantar Calor Que invade, arde, queima Enconraja, amor Que invade, arde, carece de cantar...
Amo os detalhes da vida, choro até em comercial de margarina, se este me tocar. Curto Chaves, desenhos animados, comidas radioativas e Woody Allen. Sou uma salada mista. Meu eu tem muitos eus.